Todo Silencio – Lyrics
Jornada
Multipliquei vários projetos
Subtrai objetivos
Na soma de rumos à meta
No meio de adjetivos
Corri, consei, cai em vaos
Em vao voei em pensamentos
Feito gaivota presa ao chao
Na busca do bom alimento
Se as paredes têm ouvidos
Duvido do que elas sabem
Vezes sem conta lhes contei
Dos sentimentos que me cabem
Sei que as esquinas vêem segredos
Pela visao das pedras mudas
Templo no tempo em que se fecham
Nossos passos indecisos
Os días sao sempre precisos
Enquanto isso a face vinca
Flocos de neve na cabeça
E os olhos carencem de vidro
Para partir o embaçado
Que na visao se cristaliza
O tempo em si se fechando
Mudança que se faz precisa
Vendaval
Dá-me o último beijo
Antes do ar da alvorada
Antes do sol levar o sonho
Pelo fio do breu da estrada
Dá-me a luz do teu riso
Antes que sonho se feche
E os sonhos se achem
No meio do temporal
Estenda-me a mao
Antes que os braços se retraiam
E os abraços se espalhem
No meio do vendaval
Da-me el último beso
Antes que amanezca el día
Y el sol nos lleve los excesos
Por los atajos de otra vía
Que la luz de tu risa
Brille antes que el tiempo cambie
Y el sueño de prisa
Se encuentre en el temporal
Abrázame así
Antes que los brazos se aparten
Y los abrazos formen parte
Del soplo de un vendaval
Parto para não partir
Parto pra ficar perto de ti
Parto para me prontificar
Parto para por o peito à prova, provocar
Parto pra poder provar
Parto com a certeza de sorrir
Perto do que sinto que virá
Parto pra nascer, cai no mundo, pra mudar
Parto para respirar
Sem nenhum aparte, participo
Que dor à parte, pronto irei partir
Ter fé no afeto, a fome do nosso peito parir
Parto para o prato repartir
Parto pra ficar…
Sem nenhum aparte participo
Partindo do principio que é o fim
Pra salvar o teto, o tato, nao ver o prato cair
Parto para o prato repartir
Parto pra modificar, proclamar, progredir
Parto pra nos redimir
Parto para amar nos isentar, nos ver sorrir
Parto para não partir
Porto de Istambul
Ilhas do sul, Macau, Madrid
Parto pra ficar perto de ti
En el vacío de la noche
La ciudad y yo
Somos tan iguales
En nuestra soledad.
Tu ausencia en mi lecho
Reposa en mi pecho
despertándome desierto
No me encuentro en mí
Tu ausencia me invade
Por rutas de la ciudad
Doblando esquinas
De mi ser sin dueño
En el cuerpo de mis sueños
Mi amor
Mi alma espera por ti
Y llega la mañana
En el cielo de la ciudad
volviéndome al sueño
De verte una vez más
En los tramos de mi ilusión
Tal vez los pasos de tu ausencia
Te lleven a casa de mi corazón
A Cidade e eu
No vazio da noite
A cidade e eu
Somos tao iguais
Em nossa solidao
Tua ausência vadia
É um cao que vigia
O quintal da saudade
Em uma rua em mim
Tua ausência me invade
Pelas frestas da cidade
Dobrando as esquinas
Do meu ser sem dono
No corpo do abandono
Meu amor
Minha alma espera por ti
Acorda a manha
Aos olhos de Lisboa
E eu desperto ao sonho
De te ver mais uma vez
No barco desta ilusao
Quem sabe o vento da saudade
Te traga ao porto do meu coraçao
In the emptiness of the night
The city and me
We are so equal
In our loneliness
Your absence in my bed
Rest in my chest
waking me up desert
I do not find myself in me
Your absence invades me
For city routes
Folding corners
Of my being without owner
In the body of my dreams
My love
My soul waits for you
And the morning comes
In the sky of the city
Going back to the dream
To see you one more time
In the stretches of my illusion
Maybe the steps of your absence
Take you home from my heart
Por eso caigo
Había la sombra de un avión
Sobre la sombra de mi cuerpo
Sobrevolaba mares, distantes lugares
Sin darme la pista del aeropuerto
Y yo en ola sin turbinas
Aterrizado en mí
Alimentando fuego muerto
Dentro de mi dos alas partidas
Fuera de mí el abismo
De dentro de mí no salgo
Por eso caigo
Fuera de mí
Viver e ver a vida
Se for pra sorrir, eu canto
Se for prosseguir, sou tanto
Se for recomeçar, eu tento
Se é pra lamentar, nao tô.
Se for dividir, nao conto
Se é para somar, tô dentro
Se me agredir, aguento
Se é para ajudar, eu vou.
Nao me peça o que eu nao posso possuir
Além do que me cabe medir
Eu canto, eu rio, eu choro
Quero viver e ver a vida Fluir
Se quer o meu braço, eu dou
Se quer um amigo, eu sou
Se quer conversa, divido
Se mostrar dois alhores, duvido.
Nao me peça...
É Madrugada
É madrugada e a gente na conversa
Não vejo pressa para ver o sol raiar (refrão)
Vem pros meus braços que a noite vai embora
E sem demora a manhã nos levará
Por isso, espera, não espere pelo dia
Lá fora a noite se despede do luar
Feche a janela escancara a ilusão
Abra o coração para o meu amor entrar
É madrugada e a gente na conversa
Não vejo pressa para ver o sol raiar (refrão)
Não pense mais, não espere, chega perto
Me dá um aperto com os braços da paixao
Me deixe torto, todo certo nesse encontro
Onde me encontro prá perder meu coração
Me enrosca com a linha do desejo
E me separa do lençol da solidão
É madrugada ...
Casa de Jorge
Jorge guarda a lua
Da furia do dragao
Faz desta conduta
Tua luta ter razao
Quando mostra clara
A cara o luar
A face de Jorge
Faz-se pelo ar
Jorge
Jorge, eu sonhei
Que ia até a lua
Levado pela NASA
Visitar a casa tua
Para confirmar
O que alguém disserá
Que a tua imagen
La na lua sao crateras
Jorge
Acordei na noite
Fui correndo p`ra janela
E ví tua fugura linda
como sempre era
Só quero ter o astro
Nos meus olhos guardado
Protege Jorge a lua
Aos poetas, namorados
Jorge
Capoeira Camara
Roda, salta, gira e voa
Que a vida é boa
É movimiento camará
Camará entrei na dança
Desde a hora em que nasci
Para mamar chorei bem alto
Para amar só aprendí
Dentro da roda da vida
Apanhei como bati
Nas lutas do coraçao
Muitas veces eu perdi
Viver é estar em movimiento
Se parar la vem o pé
Já levei muita rasteira
Nessa vida eu levo fé
Camará vida ciranda
Vamos todos cirandar
Roda o pé na capoeira
Gira mundo camará